13 de julho de 2014

Final da cobertura da Copa do Mundo FIFA 2014



Fica por aqui mais uma cobertura da Copa do Mundo 2014, realizada no Brasil. Aqui, foram noticiados e comentados os 64 jogos do mundial, com alguma ênfase, obviamente, na seleção brasileira.

Foi a segunda cobertura de Copa do blog Histórias - Copa do Mundo, que volta, ativamente, daqui 4 anos.

Até a Copa da Rússia 2018! Obrigado!

Copa do Mundo 2014 - Números finais



Campeã: Alemanha
Vice: Argentina
3° lugar: Holanda
Artilheiro: James Rodríguez - Colômbia - 6 gols
Melhor ataque: Alemanha - 18 gols
Melhor defesa: Costa Rica - 2 gols

Jogos:  64
Gols: 171
Média de gols por jogo: 2,67
Média de público: 53.592 pessoas

Seleção do Blog (4-4-2):
Neuer; Lahm, Thiago Silva, Godín, Blind; Mascherano, Kroos, Pogba, James Rodríguez; Robben e Benzema. Técnico: Sampaoli

Melhor Jogador: Robben (HOL)
Jogador Revelação: Paul Pogba (FRA)
Sensação: Costa Rica
Vexame: Brasil

Foto - Alemanha quatro vezes campeã mundial


Alemanha conquista o mundo pela quarta vez


1954. 1974. 1990. 2014. Quatro anos, quatro títulos mundiais. Hoje, 13 de julho de 2014, a Alemanha sagrou-se tetracampeã da Copa do Mundo com justiça, após vitória na prorrogação diante da Argentina, no lendário estádio do Maracanã. Coube a Mario Gotze, 22 anos, com assistência de André Schurrle, 23, fazer o gol que garantiu o troféu aos europeus no Brasil.

A vitória da Alemanha representa a vitória do futebol moderno. Vitória de um megaprojeto que começou logo após o vicecampeonato, em 2002, quando os alemães perderam para o Brasil o quarto título. As idades dos protagonistas do gol alemão também refletem a seriedade com que o país lida com o futebol.


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O JOGO
Com um nível técnico digno para uma final de Copa, Alemanha e Argentina protagonizaram uma partida espetacular também taticamente, cada um no seu estilo: os alemães não abrindo mão da posse de bola e tendo a coletividade como prioridade, e os argentinos explorando a raça, a velocidade e as individualidades de Messi, Lavezzi e Higuaín.

A primeira chance foi argentina, que foi ligeiramente superior no início de jogo. Após cabeçada para trás de Kroos, a Brazuca sobrou livre para Higuaín. O centroavante, cara a cara com Neuer, desperdiçou a chance e acabou finalizando para fora. Ainda no fim da etapa inicial, o alemão Howedes parou na trave em cabeçada depois de escanteio.

No 2° tempo, a partida continuou bem jogada, mas perdeu um pouco de intensidade. As melhores jogadas saíram com a dobradinha Gotze-Schurrle. Os dois tabelaram e coube ao atacante do Chelsea finalizar de primeira para grande defesa de Romero. Mais tarde, o atacante argentino Palacio, que saiu do banco, encobriu Neuer e quase virou o herói da noite.

Mario Gotze brilhou e fez o gol do tetracampeonato alemão - Foto: Ivo Gonzalez/O Globo

Sem mais oportunidades, a partida foi para a prorrogação. E foi nela, aos 8 minutos do 2° tempo, que o gol saiu. Em jogada pela esquerda, os garotos alemães apareceram e desta vez, marcaram. Schurrle arrancou e cruzou para Gotze. O jogador do Bayern de Munique ajeitou a Brazuca no peito e, sem deixar a bola quicar, bateu de perna esquerda, marcando o gol e entrando para a história do futebol mundial. A Argentina até tentou na base da raça o empate, mas não conseguiu. Final, Alemanha tetracampeã 1. Argentina, vice, 0.

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ALEMANHA
Destaques positivos
Mario Gotze. O meia provou que tem estrela e saiu do banco para entrar para a história. Gotze substituiu Klose e, na primeira chance clara, converteu.

Destaques negativos nesta altura do campeonato são injustos para uma tetracampeã mundial.

ARGENTINA
Destaques positivos
Mascherano. Melhor em campo, o volante não perdeu um desarme e foi perfeito nas intervenções. Com a bola, cometeu alguns deslizes, mas nada que atue a brilhante Copa que fez o argentino. Certamente está no TOP 3 no que se refere aos melhores jogadores do mundial.

Destaques negativos para a Argentina também seriam injustos. Valente, a equipe de Alejandro Sabella poderia levar o título com tranquilidade.

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NOTAS - ALEMANHA
Neuer - 6,0 - Pouco acionado, o goleiro precisou trabalhar mais em lançamentos do que em finalizações. E foi preciso em todas elas.

Lahm - 6,5 - O lateral serviu como desafogo de uma Alemanha que explorou até exageradamente o lado direito ofensivo.

Boateng - 7,5 - Tirou tudo e mais um pouco das bolas altas da Argentina. Boateng foi, hoje, o grande nome do sistema defensivo alemão, mais uma vez não-vazado.

Hummels - 5,5 - O zagueiro alemão teve atuação discreta durante os 120 minutos. Alguns erros incomuns tratando-se de Hummels acabaram acontecendo.

Howedes - 5,5 - O lateral quase colocou seu nome na história ao cabecear a Brazuca na trave de Romero. Mas, deixou Lavezzi deitar e rolar no 1° tempo.

Kramer - SN - O substituto de Khedira sofreu uma lesão na cabeça ainda no 1° tempo e não teve tempo suficiente para mostrar seu futebol.

Kroos -  5,5 - Toni Kroos poderia ser o melhor jogador da Copa, mas sua atuação na final deixou a desejar. O meia falhou em algumas jogadas básicas, mas ainda assim, foi regular.

Schweinsteiger - 6,5 - Um monstro em campo, Schweinsteiger foi um dos jogadores que mais correu na Alemanha (14 km). Além disto, foi protagonista no meio de campo alemão e sofreu muitas faltas.

Muller - 5,5 - O atacante teve uma atuação apagada e apareceu apenas em algumas jogadas construídas pela coletividade alemã.

Ozil - 5,5 - Também discreto, Ozil não conseguiu armar o time quando Schurrle entrou. No final da partida, foi importante, pois fisicamente era um dos mais inteiros de sua seleção.

Klose - 6,0 - O centroavante brigou mais do que sua idade permite. Klose foi substituído por Gotze na 2ª etapa.

Schurrle - 6,0 - O ponta não entrou bem, mas, no decorrer do jogo, melhorou. Na prorrogação, deu valiosa assistência para Gotze marcar o gol da partida.

Gotze - 7,5 - A nota é inteiramente ao fato do gol. Gotze teve o oportunismo necessário e botou seu nome no seleto grupo de jogadores que marcaram em uma final.

Mertesacker - SN

NOTAS - ARGENTINA
Romero - 6,5 - O goleiro fez boas defesas e foi um dos responsáveis por levar a Argentina até a prorrogação.

Zabaleta - 7,0 - O lateral anulou as investidas de Ozil e Muller, principalmente no 1° tempo. O gol da Alemanha saiu pelo lado de Zabaleta, mas o lance isenta o jogador de culpa.

Demichelis - 5,0 - A atuação do zagueiro foi totalmente comprometida pela falha no gol alemão. Demichelis olhou a bola e deixou Gotze, livre, entrar na área.

Garay - 5,5 - Regular, Garay ganhou algumas bolas pelo alto e brigou muito com Klose pela bola.

Rojo - 5,5 - Partida discreta do lateral argentino que se destacou no sistema defensivo da equipe durante o mundial.

Mascherano - 8,0 - Gigante em campo, Mascherano esteve impecável e anulou muitos ataques alemães na partida. Sem dúvidas, o melhor jogador argentino desta Copa do Mundo.

Biglia - 5,5 - O volante fez muitas faltas e acabou por não conseguir dar ritmo de jogo à sua seleção.

Pérez - 6,5 - Di María teve um bom substituto. Pérez jogou muito bem e deu estabilidade ao meio de campo argentino tanto hoje quanto na semifinal.

Lavezzi - 7,0 - O atacante jogou apenas no 1° tempo, mas deu muita dor de cabeça a Howedes. Saiu de forma ainda inexplicável no intervalo e era um dos melhores em campo.

Messi - 6,0 - Messi fez um ótimo 1° tempo, mas, após uma finalização no começo da etapa complementar, sentiu a coxa e não jogou mais. Ainda no 2° tempo, teve ânsia e acabou apagado durante o resto da partida.

Higuaín - 5,5 - O centroavante até foi bem, mas perdeu um gol que não se pode perder. De frente com Neuer, Higuaín chutou para fora a bola que poderia consolidar a partida.

Aguero - 5,5 - Jogador do Manchester City, Aguero substituiu mal Lavezzi e não conseguiu se destacar.

Palacio - 6,0 - Quase o atacante virou herói. Em um cruzamento que veio da esquerda, Palacio deu de cobertura em Neuer e por pouco não balançou as redes do Maracanã.

Gago - SN

Pré-Jogo: Alemanha e Argentina disputam título da Copa; equipes jogaram final em 1986 e 1990


Chegou a hora. Alemanha tetra ou Argentina tri? Vamos saber daqui a pouco. Alemanha e Argentina se enfrentam em um duelo que mostra, parcialmente, as diferenças entre o coletivo e o individual.


ALEMANHA
Coletividade, compactação e qualidade. A mescla destes itens forma uma Alemanha consistente e favorita para o título. Até aqui, os alemães venceram quatro partidas e empataram duas. Foram 17 gols feitos e mais de 3000 passes certos. A geração iniciada em 2006 com Joachim Low tem totais condições de encerrar o ciclo com o tetracampeonato.

Provável time (4-3-3): Neuer; Lahm, Boateng, Hummels, Howedes; Khedira, Schweinsteiger, Kroos; Muller, Klose e Ozil

ARGENTINA
Uma seleção que conta, além da raça tradicional, com as individualidades de Messi, Di María e Higuaín. Os argentinos podem estar até fazendo uma campanha pragmática nesta Copa, mas, quando vão crescendo na competição, como neste caso, são sempre favoritos ao título. Os sul-americanos fizeram apenas 7 gols, mas tomaram só 3.

Provável time (4-2-3-1): Romero; Zabaleta, Demichelis, Garay, Rojo; Mascherano, Biglia; Pérez (Di María), Messi, Lavezzi; Higuaín


Brasil termina campanha com nova derrota: 3 a 0



A vergonha não parou no dia 8 de julho. O Brasil, disputando o 3° lugar, novamente se mostrou um time pífio e perdeu por 3 a 0 da Holanda, no Estádio Nacional, em Brasília.. O placar foi construído com Van Persie e Blind, no 1° tempo, e foi concluído com Wijnaldum, no último minuto da 2ª etapa.

Dez gols tomados em dois jogos e a defesa mais vazada de toda a história do Brasil em Copas do Mundo. Foi isso que a seleção mal treinada por Felipão conseguiu na despedida melancólica do torneio que sediou. Uma vergonha para argentino, holandês e alemão ver.

O que mais surpreendeu o torcedor, no entanto, não foi o placar. Foi a coletiva de Luiz Felipe Scolari, que, com muito desrespeito ao brasileiro, não pediu demissão após a partida e pretende continuar no comando da seleção da CBF.

A Holanda, por outro lado, garantiu o merecido 3° lugar e, ao contrário do que manda a regra da FIFA, recebeu as medalhas sem um adversário em campo presenciando o momento. Total desrespeito da seleção brasileira, que, logo após o apito final, voltou para os vestiários de Brasília.

A lição que fica para 2018 é a de que falta um avanço no nosso futebol. Um avanço que pode demorar anos, mas que precisa, urgentemente, ser feito. Sem planejamento e uma reforma geral no futebol, as goledas poderão ser frequentes no que diz respeito ao pentacampeão - ainda isolado - do mundo.

Argentina de Messi supera Holanda de Robben e é finalista da Copa do Mundo depois de 24 anos



Depois de 24 anos, a Argentina está na final de uma Copa do Mundo. Em uma semifinal tensa disputada na Arena Corinthians, terminada em 0 a 0 no tempo normal, a equipe de Messi precisou dos pênaltis para superar a Holanda: 4 a 2 nas cobranças.

Truncado e mais estratégico do que o normal, o jogo não teve grandes momentos de perigo. Mascherano foi o destaque argentino, enquanto o zagueiro Vlaar foi o melhor holandês em campo.

A Argentina pega a Alemanha, no domingo, para ver se conquista o tricampeonato do mundo. É o que falta para Messi colocar seu nome entre os grandes jogadores da história do futebol.