27 de junho de 2014

Brasil x Chile: Pré-Jogo

Brasil e Chile jogam pela sobrevivência na Copa do Mundo, amanhã, às 13h, no Mineirão. Abaixo, a imagem ilustra uma prévia dos padrões táticos das equipes.


O Brasil pode ter até três novidades. Uma é certa: Fernandinho substitui o apagado Paulinho. As outras duas foram testadas nos treinamentos de Felipão esta semana. Por opção do técnico, Maicon chegou a entrar no time titular no lugar de Daniel Alves. Já David Luiz pode ficar fora por dores nas costas: Dante seria o substituto.
BRASIL (4-2-3-1): Júlio César; Maicon (Daniel Alves), Thiago Silva, David Luiz (Dante), Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho; Hulk, Oscar, Neymar; Fred

Já o Chile, aparentemente, conta com força máxima para enfrentar o Brasil. A única dúvida é Medel, zagueiro que sentiu dores durante a semana. Albornoz pode entrar.
CHILE (3-4-1-2): Bravo; Silva, Medel (Albornoz), Jara; Isla, Díaz, Aránguiz, Mena; Vidal; Vargas, Sánchez

O que o Brasil precisa saber do Chile?

PERIGOS
1) O craque Vidal e o elemento-surpresa Aránguiz
Vidal, no esquema de Sampaoli, tem total liberdade para rodar o setor. Provavelmente, Luiz Gustavo (assim como fez em Giovani dos Santos, contra o México) o marcará individualmente. Com isto, quem sobra é Aránguiz. O volante, quando o Chile tem a bola e trabalha pelos lados, vira ponta-de-lança e entra, por muitas vezes, como um falso centroavante. Nos seus dois gols na Copa, Aránguiz estava dentro da área e marcou em rebotes. É bom Fernandinho, assim como o próprio Luiz Gustavo, tomar cuidado.

2) Os alas Mena e Isla
Os dois são muito eficazes no ataque. E vão, com toda certeza, causar perigo a Marcelo e Maicon/Daniel Alves (principalmente se o segundo for titular). As laterais são o termômetro da equipe de Sampaoli, que tem Jara e Silva como zagueiros versáteis que fazem, quando necessário, a função de lateral.

3) A ausência de centroavante
Nem Sánchez nem Vargas são centroavantes. Mas, os dois são rápidos, habilidosos e se movimentam muito. Sem um homem fixo na frente, o Chile, que já conta com os fortes alas, precisa dos dois atacantes para fazer um jogo de muita intensidade ofensiva com e sem a bola.

4) A intensidade
O Chile gosta de ter a bola. E, com ela, gosta de ditar o ritmo da partida. Contra a Austrália, teve 62% de posse de bola; contra a Espanha, 44% (número alto se for levado em conta o adversário) e, contra a Holanda, 64%. Apesar de atacar com muita intensidade e rapidez, a equipe, quando perde a bola, pressiona o adversário até voltar a tê-la.

PONTOS FRACOS
1) A estatura
O Chile tem a zaga mais baixa de toda a Copa do Mundo. Apesar dos zagueiros terem um ótimo tempo de bola e tirarem os atacantes da jogada com o corpo, são baixos e essa pode ser uma arma fatal para o Brasil. Fred, Thiago Silva e David Luiz/Dante têm uma boa oportunidade de marcarem de cabeça.

2) A fragilidade no fim do jogo
A Holanda, adversária do Chile na última rodada da 1ª fase, mostrou ao mundo o cansaço físico dos sul-americanos. Marcou os dois gols no final do jogo, onde, nitidamente, o time de Sampaoli sentiu o desgaste e perdeu a intensidade citada no item 4. É um fator a ser considerado por Felipão, que conta com bons e rápidos jogadores no banco de reservas.

3) A saída de bola
Se Fred (em Medel), Neymar (em Silva), Hulk (em Jara) e Oscar (em Diáz) apertarem a saída de bola, como foi feito pelo Brasil durante toda a Copa das Confederações, as chances da seleção brasileira ter o controle do jogo são grandes. Os defensores chilenos em geral são bons, mas não tem tanta qualidade e segurança quando estão com a bola. Talvez, apenas o líbero Medel seja a exceção.

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