17 de junho de 2014

Brasil empata com México em jogo complicado


A seleção brasileira entrou em campo hoje, no Castelão, e ficou no zero a zero com a boa equipe do México. Com o resultado, a equipe de Felipão ainda não está classificada para as oitavas de final da Copa 2014. O destaque do jogo ficou para o goleiro mexicano Ochoa, que fez quatro defesas difíceis.

DESTAQUES GERAIS
O jogo entre Brasil e México foi, acima de tudo, um jogo de detalhes. Há cinco itens que podemos destacar.

1) Ochoa. O goleiro mexicano fez ao menos quatro defesas espetaculares que ajudaram a garantir o empate. Mas vale ressaltar que não foi só Ochoa o responsável pelo 0 a 0.

2) Os alas mexicanos. Layún, pela esquerda, e Aguilar, pela direita, eram duas boas formas do México chegar ao ataque. Se no 1° tempo Layún teve mais liberdade ofensiva - ainda que sem sucesso pela razoável partida de Daniel Alves -, coube a Aguilar fazer o papel de ponta na 2ª etapa. Obteve mais êxito.

3) O duelo Luiz Gustavo-Giovani dos Santos e a fragilidade defensiva brasileira.
Claramente, Luiz Gustavo fez marcação individual no mexicano, e se sobressaiu. Apesar disto, no 2° tempo, Giovani caiu muito pela direita (setor do hoje inconstante Marcelo) e fez a dobradinha com Aguilar. A partir daí, um buraco entre a zaga e Paulinho apareceu no sistema defensivo brasileiro e fez com que a seleção pentacampeã mundial perdesse a qualidade na saída de bola. Paulinho, apático, pouco marcava.
Se não fosse a boa atuação de Luiz Gustavo, que bloqueou o último passe do México, a seleção de Miguel Herrera chegaria mais à área. Como pouco chegou, finalizou por muitas vezes de longe.

4) A substituição Ramires-Bernard. Teoricamente, seria uma boa troca. Mas, com Paulinho apagado, o melhor para o Brasil era tirar o volante do Tottenham e fazer com que Ramires executasse a função, colocando o mesmo Bernard ou até mesmo Willian. Com isto, haveria espaço para Fernandinho ou Bernard/Willian e Jô. Sem esta opção, coube a Felipão sacar Oscar e manter Paulinho durante os 90 minutos.

5) Abuso da ligação direta. Os defensores brasileiros exageraram nos lançamentos longos e, sem Fred ganhar um lance como pivô, a bola voltava para o México. Faltou aproximação e até compactação para o Brasil. Neymar, isolado, dificilmente conseguia ter sucesso em seus dribles.

Além de um jogo de detalhes, Brasil e México protagonizaram um confronto totalmente estratégico e tático. Durante a maior parte do 2° tempo, a seleção de Felipão foi dominada pela de Herrera.

Plano tático
Por que o Brasil foi sufocado e perdeu o meio de campo no 2° tempo?


1) Porque Luiz Gustavo (17), corretamente, fez marcação individual em cima de Giovani dos Santos (10). Com um buraco no meio de campo, caberia a Paulinho fazer a função. Mas, o volante do Tottenham esteve muito mal hoje ficava no meio do lance na maioria das jogadas ofensivas mexicanas.

2) Porque a saída de bola brasileira, com seis mexicanos bem distribuídos na marcação, era deficiente. Por inúmeras vezes, os defensores do Brasil lançavam a Brazuca sem direção.

3) Porque Aguilar (22), despreocupado com Bernard, pressionou Marcelo (6) e fez com que a bola ficasse mais tempo no campo de ataque mexicano, impedindo que o lateral do Real Madrid marcasse por zona Giovani.

4) Porque não havia Fernandinho, um dos melhores no quesito passe da seleção, em campo. Como queimou a substituição de Ramires, Felipão optou - e com certa razão - por colocar Willian no lugar de Oscar, que teve um rendimento pífio enquanto esteve no gramado.

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