16 de junho de 2014

Vitória americana no Grupo G: 2 a 1


Em mais um bom jogo de futebol, desta vez disputado na Arena das Dunas, a seleção dos Estados Unidos venceu Gana por 2 a 1 e, caso apronte para cima de Portugal, pode garantir sua classificação no Grupo G já na próxima rodada. O placar, até certo ponto injusto, foi construído com gols de Dempsey e Brooks.

Gols
Até agora, o gol mais rápido da Copa 2014 saiu com 28 segundos. E foi com Dempsey. O meia, após jogada iniciada em um lateral, recebeu passe de Jones, passou pelo zagueiro africano Boye e finalizou forte de perna esquerda para abrir o placar.

O empate só saiu no 2° tempo, aos 36 minutos, com uma boa tabela entre Ayew e Gyan. O filho de Abedi Pelé finalizou, também com a perna canhota, e empatou a partida, fazendo a festa da torcida africana: 1 a 1. No momento do gol e durante a etapa complementar inteira, Gana era superior aos Estados Unidos, que tinham como única finalidade conquistar pontos, mesmo que empatando.

Mas, o empate durou pouco: quatro minutos depois, em um dos raros escanteios que os americanos tiveram durante o duelo, o zagueiro Brooks, de apenas 21 anos, subiu livre e garantiu a vitória - naquele momento inesperada - da seleção comandada por Klinsmann.

GANA
Destaques positivos
Christian Atsu.
O ponta direita de 22 anos atormentou o lateral Beasley e criou várias jogadas pelo setor. Se faltou pontaria na hora da finalização, sobrou ao garoto velocidade, dribles e passes em profundidade. Atsu foi um dos melhores de Gana na partida, principalmente no 1° tempo.

A ofensividade. Gana foi superior no contexto geral da partida e teve, exceto no placar, números melhores que os Estados Unidos. Foram 21 finalizações, 57% de posse de bola e sete escanteios, ante os oito chutes, 43% de posse e três tiros de canto dos americanos.

Destaques negativos
A pontaria.
Das 21 finalizações, apenas oito foram no gol de Howard, que se mostrou seguro quando exigido. Pelo lado americano, das oito finalizações, sete foram no gol de Kwarasey. Se Gana tivesse um melhor aproveitamento nos chutes, provavelmente o placar seria outro.

Falta de atenção. O
s dois gols que Gana tomou foram detalhes. O primeiro saiu logo com 28 segundos e surgiu de um lateral, o que claramente significa uma desatenção. Já o segundo gol veio por meio de um escanteio, onde a equipe africana deixou o zagueiro Brooks subir sozinho e decretar a vitória.

ESTADOS UNIDOS (Por Rodolfo Sundfeld)

Destaques positivos
Jermaine Jones.
Fundamental na manutenção da vitória americana, Jones foi a peça que evitou que a bela atuação do ganês Atsu fosse mais decisiva para sua equipe. Enquanto Beasley, lateral-esquerdo improvisado, não conseguiu segurar o jovem atacante africano, Jones reforçou bem a marcação por aquele setor, além de dar mais qualidade para a saída de bola norte-americana.

Clint Dempsey.
Único jogador americano a marcar em três diferentes edições da Copa do Mundo, o atacante se mostrou eficiente tanto na hora de finalizar ao gol quanto na hora de segurar o resultado nos últimos dez minutos de jogo.

Destaques negativos
Preparação física.
Foi nítido o desgaste físico americano, principalmente no segundo tempo. Altidore e Besler foram substituídos nos primeiros 45 minutos, o que impediu que o técnico Jurgen Klinsmann pudesse alterar sua equipe mais rapidamente na segunda etapa. Tendo em vista as longas viagens e quentes temperaturas que os americanos enfrentarão, o fator físico pode ser decisivo num grupo tão equilibrado.

Erros de passe. A seleção americana levou muito perigo nos contra-ataques na primeira etapa, porém no segundo tempo pecou nos passes, tanto na saída de bola quanto na hora de clarear o jogo e tentar matar o jogo. O experiente meia Bradley, apesar de ter sido o jogador americano que mais pensou e parou o jogo, errou muitos passes na partida.

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